quarta-feira, 31 de outubro de 2012

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

A VERDADE SOBRE PASSOS COELHO

Segundo o blog O Verdadeiro Lápis Azul Passos Coelho aprontou das boas enquanto administrador de empresas. E ao que parece foi um desastre completo no exercício das suas funções. Agora governa Portugal...país de brincar.

O poeta Manuel António Pina, a propósito de Alberto João Jardim!

"o Jardim sempre que cá vinha telefonava-me e queria almoçar comigo. Eu fiz a tropa com ele, sabe? Até dormíamos no mesmo beliche. A minha mãe costumava dizer que é na guerra e no jogo que se conhecem os homens. E tem boa impressão dele? Até fico ofendido com essa pergunta [risos]. Tenho a pior possível. Vou-lhe contar um episódio que revela o comportamento daquele tipo, é o comportamento dos cobardes. Na guerra estávamos na Acção Psicológica. Éramos dez tipos e eram quase todos do piorio, só havia três tipos que não eram fachos. Nós dez contestámos uma prova física que contava para a classificação e combinámos chegar todos ao mesmo tempo. Então fizemos a corrida em passo de cruzeiro, e 100 metros antes da meta o Jardim arranca a grande velocidade e rompe o acordo, o filho da puta, para ver se ganhava uns pontos extra. O azar dele é que arrancou a 100 metros e nós éramos todos mais ágeis que ele, está a ver a figura dele?, e ultrapassámo-lo todos e ele ficou em último lugar. Mas aquilo foi um acto de traição em relação a uma coisa que tínhamos acordado todos. Mas apesar de já lhe ter chamado Bokassa ele nunca me pôs um processo e sempre que vinha cá telefonava-me para almoçar comigo. Os políticos tratam-me sempre bem. São umas putas velhas".

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Reflexões da médica Isabel do Carmo


Este texto é de Isabel do Carmo (médica). E tem toda a 
razão.

O primeiro-ministro anunciou que íamos empobrecer, com aquele
desígnio de falar "verdade", que consiste na banalização do mal,
para que nos resignemos mais suavemente. Ao lado, uma espécie
de contabilista a nível nacional diz-nos, como é hábito nos
contabilistas, que as contas são difíceis de perceber, mas que os
números são crus. Os agiotas batem à porta e eles afinal até são
amigos dos agiotas. Que não tivéssemos caído na asneira de
empenhar os brincos, os anéis e as pulseiras para comprar a
máquina de lavar alemã. E agora as jóias não valem nada. Mas o
vendedor prometeu-nos que... Não interessa.

Vamos empobrecer. Já vivi num país assim. Um país onde os
"remediados" só compravam fruta para as crianças e os pomares
estavam rodeados de muros encimados por vidros de garrafa
partidos, onde as crianças mais pobres se espetavam, se tentassem
ir às árvores. Um país onde se ia ao talho comprar um bife que se
pedia "mais tenrinho" para os mais pequenos, onde convinha que o
peixe não cheirasse "a fénico". Não, não era a "alimentação
mediterrânica", nos meios industriais e no interior isolado, era a
sobrevivência.


Na terra onde nasci, os operários corticeiros, quando adoeciam ou
deixavam de trabalhar vinham para a rua pedir esmola (como é que
vão fazer agora os desempregados de "longa" duração, ou seja, ao
fim de um ano e meio?). Nessa mesma terra deambulavam também pela rua os operários e operárias que o sempre branqueado Alfredo da Silva e seus descendentes punham na rua nos "balões" ("Olha,
hoje houve um ' balão' na Cuf, coitados!"). Nesse país, os pobres
espreitavam pelos portões da quinta dos Patiño e de outros, para
ver "como é que elas iam vestidas".

Nesse país morriam muitos recém-nascidos e muitas mães durante
o parto e após o parto. Mas havia a "obra das Mães" e fazia-se
anualmente "o berço" nos liceus femininos onde se colocavam
camisinhas, casaquinhos e demais enxoval, com laçarotes, tules e
rendas e o mais premiado e os outros eram entregues a famílias
pobres bem- comportadas (o que incluía, é óbvio, casamento pela
Igreja).

Na terra onde nasci e vivi, o hospital estava entregue à Misericórdia.
Nesse, como em todos os das Misericórdias, o provedor decidia em
absoluto os desígnios do hospital. Era um senhor rural e arcaico,
vestido de samarra, evidentemente não médico, que escolhia no
catálogo os aparelhos de fisioterapia, contratava as religiosas e os
médicos, atendia os pedidos dos administrativos ("Ó senhor
provedor, preciso de comprar sapatos para o meu filho"). As
pessoas iam à "Caixa", que dependia do regime de trabalho (ainda
hoje quase 40 anos depois muitos pensam que é assim), iam aos
hospitais e pagavam de acordo com o escalão. E tudo dependia da
Assistência. O nome diz tudo. Andavam desdentadas, os abcessos
dentários transformavam-se em grandes massas destinadas a
operação e a serem focos de septicemia, as listas de cirurgia eram
arbitrárias. As enfermarias dos hospitais estavam cheias de doentes
com cirroses provocadas por muito vinho e pouca proteína. E
generalizadamente o vinho era barato e uma "boa zurrapa".
E todos por todo o lado pediam "um jeitinho", "um empenhozinho",
"um padrinho", "depois dou-lhe qualquer coisinha", "olhe que no
Natal não me esqueço de si" e procuravam "conhecer lá alguém".
Na província, alguns, poucos, tinham acesso às primeiras letras (e
últimas) através de regentes escolares, que elas próprias só tinham
a quarta classe. Também na província não havia livrarias
(abençoadas bibliotecas itinerantes da Gulbenkian), nem teatro,
nem cinema.


Aos meninos e meninas dos poucos liceus (aquilo é que eram
elites!) era recomendado não se darem com os das escolas técnicas.
E a uma rapariga do liceu caía muito mal namorar alguém dessa
outra casta. Para tratar uma mulher havia um léxico hierárquico:
você, ó; tiazinha; senhora (Maria); dona; senhora dona e... supremo
desígnio - Madame.

Os funcionários públicos eram tratados depreciativamente por
"mangas-de-alpaca" porque usavam duas meias mangas com
elásticos no punho e no cotovelo a proteger as mangas do casaco.
Eu vivi nesse país e não gostei. E com tudo isto, só falei de pobreza,
não falei de ditadura. É que uma casa bem com a outra. A pobreza
generalizada e prolongada necessita de ditadura. Seja em África,
seja na América Latina dos anos 60 e 70 do século XX, seja na
China, seja na Birmânia, seja em Portugal


sexta-feira, 12 de outubro de 2012

CV do PM

Já começa a circular o currículo do 1º Ministro!!!

E é bom que o façam espalhar por todos os vossos contactos pois tanto falavam do CV do outro e este nem um curso conseguiu tirar, até aos 37 anos !
E teve de o fazer na PRIVADA...!

Meus Amigos, algum de vós dava emprego (não estou a falar de trabalho...)  a alguém com esta "Carreira de Vida" (Curriculum Vitae)?

Nome: Pedro Passos Coelho
Morada: Rua da Milharada - Massamá
Data de nascimento: 24 de Julho de 1964
Formação Académica: Licenciatura em Economia - Universidade Lusíada
                (concluída em 2001, com 37 anos de idade)
Percurso profissional: Até 2004, apenas actividade partidária na JSD ePSD;
a partir de 2004 (com 40 anos de idade) passou a desempenhar vários cargos
em empresas do amigo e companheiro de Partido, Engº Ângelo Correia, de quem foi diligente e dedicado 'moço-de-fretes',tais como:

(2007-2009) Administrador Executivo da Fomentinvest, SGPS, SA;
(2007-2009) Presidente da HLC Tejo,SA;
(2007-2009) Administrador Executivo da Fomentinvest;
(2007-2009) Administrador Não Executivo da Ecoambiente,SA;
(2005-2009) Presidente da Ribtejo, SA;
(2005-2007) Administrador Não Executivo da Tecnidata SGPS;
(2005-2007) Administrador Não Executivo da Adtech, SA;
(2004-2006) Director Financeiro da Fomentinvest,SGPS,SA;
(2004-2009) Administrador Delegado da Tejo Ambiente, SA;
(2004-2006) Administrador Financeiro da HLC Tejo,SA.

Este é o "magnífico" CV do homem que 'teoricamente' governa este País!
Um homem que nunca soube o que era trabalhar até aos 37 anos de idade!
Um homem que, mesmo sem ocupação profissional, só conseguiu terminar a licenciatura (numa Universidade privada...) com 37 anos de idade!

Um homem que, mesmo sem experiência de vida e de trabalho, conseguiu logo obter emprego como ADMINISTRADOR... em empresas de Ângelo Correia, "barão" do
PSD e seu tutor e patrão político!...
E que nesse universo continua a exercer funções!...

É ESTE O HOMEM QUE FALA DE "ESFORÇO" NA VIDA E DE "MÉRITO"!

É ESTE O HOMEM QUE PRETENDE DAR LIÇÕES DE VIDA A MILHARES DE TRABALHADORES DESTE PAÍS QUE NUNCA CHEGARÃO A ADMINISTRADORES DE EMPRESA ALGUMA, MAS QUE LABUTAM ARDUAMENTE HÁ MUITOS ANOS NAS SUAS EMPRESAS, GANHANDO
ORDENADOS DE MISÉRIA!

É ESTE O HOMEM QUE, EM TOM MORALISTA, FALA DE "BOYS" E DE "COMPADRIOS"!

LOGO ELE QUE, COMO SE COMPROVA, NÃO PRECISOU DE "FAVORES" DE NINGUÉM... PARA ARRANJAR EMPREGO!...

                          EDIFICANTE... NÃO É?...

DIGA LÁ... DAVA EMPREGO (QUE NÃO FOSSE O DE 'MOÇO-DE-RECADOS') A ALGUÉM COM ESTA 'FOLHA DE SERVIÇOS'?


Artigo de Mário Crespo: Imaginem

Embora não simpatize muito com este jornalista, não deixa de ser uma boa ideia, mas que os alvos do seguinte artigo, devem estar a rebolar a rir (e a fumar charuto puro cubano num tapete persa) por saberem que nada disso será possível neste país de brincar.


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Imaginem que todos os gestores públicos das setenta e sete empresas do Estado decidiam voluntariamente baixar os seus vencimentos e prémios em dez por cento. Imaginem que decidiam fazer isso independentemente dos resultados.
Se os resultados fossem bons as reduções contribuíam para a produtividade. Se fossem maus ajudavam em muito na recuperação.
Imaginem que os gestores públicos optavam por carros dez por cento mais baratos e que reduziam as suas dotações de combustível em dez por cento.
Imaginem que as suas despesas de representação diminuíam dez por cento também. Que retiravam dez por cento ao que debitam regularmente nos cartões de crédito das empresas.

Imaginem ainda que os carros pagos pelo Estado para funções do Estado tinham ESTADO escrito na porta.

Imaginem que só eram usados em funções do Estado.

Imaginem que dispensavam dez por cento dos assessores e consultores e passavam a utilizar a prata da casa para o serviço público.

Imaginem que gastavam dez por cento menos em pacotes de rescisão para quem trabalha e não se quer reformar.
Imaginem que os gestores públicos do passado, que são os pensionistas milionários do presente, se inspiravam nisto e aceitavam uma redução dedez por cento nas suas pensões. Em todas as suas pensões. Eles acumulam várias. Não era nada de muito dramático. Ainda ficavam, todos, muito acima dos mil contos por mês.

Imaginem que o faziam, por ética ou porvergonha.

Imaginem que o faziam por consciência.

Imaginem o efeito que isto teria no défice das contas públicas.

Imaginem os postos de trabalho que se mantinham e os que se criavam. Imaginem os lugares a aumentar nas faculdades, nas escolas, nas creches e nos lares.

Imaginem este dinheiro a ser usado em tribunais para reduzir dez por cento o tempo de espera por uma sentença. Ou no posto de saúde para esperarmos menos dez por cento do tempo por uma consulta ou por uma operação às cataratas.

Imaginem remédios dez por cento mais baratos.

Imaginem dentistas incluídos no serviço nacional de saúde.

Imaginem a segurança que os municípios podiam comprar com esses dinheiros.

Imaginem uma Polícia dez por cento mais bem paga, dez por cento mais bem equipada e mais motivada.

Imaginem as pensões que se podiam actualizar.
Imaginem todo esse dinheiro bem gerido. Imaginem IRC, IRS e IVA a descerem dez por cento também e a economia a soltar-se à velocidade de mais dez por cento em fábricas, lojas, ateliers, teatros, cinemas, estúdios, cafés, restaurantes e jardins.
Imaginem que o inédito acto de gestão de Fernando Pinto, da TAP, de baixar dez por centoas remunerações do seu Conselho de Administração nesta altura de crise na TAP, no país e no Mundo é seguido pelas outras setenta e sete empresas públicas em Portugal.
Imaginem que a histórica decisão de Fernando Pinto de reduzir em dez por cento os prémios de gestão, independentemente dos resultados serem bons ou maus, é seguida pelas outras empresas públicas.

Imaginem que é seguida por aquelas que distribuem prémios quando dão prejuízo.

Imaginem que país podia ser se o fizéssemos.
Imaginem que país será se não o fizermos...... Enviem a todos os vossos amigos.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Análise à auditoria do Tribunal de Contas sobre PPP

Chamo a vossa atenção para o conteúdo deste vídeo, embora seja uma peça de telejornal da SIC, visto por muitos nesse dia. Ainda assim, é bom que se promova a divulgação deste video, até à exaustão. Façam-me um minúsculo favor, a vós próprios e ao país, enviando para os vossos contactos, com igual empenho, nesta divulgação. Esqueçam a filiação ou simpatias partidárias, só por esta vez...