terça-feira, 2 de agosto de 2011

E continua a malha

Ontem, o ministro da Economia e do Emprego, que quer ser efusivamente conhecido por Álvaro, assim seja feita a sua vontade! veio explicar-se do porquê do aumento dos bilhetes de transportes públicos (passes mensais incluídos). Enfim, coisas que toda a gente já sabia, que as empresas públicas de transportes estão rebentadas financeiramente (culpem os gestores destas empresas dos últimos 30 anos e contem os carros que compraram e quanto espólio imobiliário abandonado anda por aí), que é o principio do utilizador/pagador em vez de subir impostos, mas que ainda assim entram em contra-senso, na minha opinião.

Então não serão as pessoas com mais dificuldade financeiras, que não podem levar o seu carro para o centro de uma cidade grande (Porto e Lisboa, infelizmente, por culpa dos governantes pós-74, o resto é conversa e nem transportes públicos na sua essência da palavra têm)? Então onde está o apelo à utilização dos transportes públicos, que são mais ecológicos e aliviam o trânsito dentro das cidades? Com este cacete pela cabeça abaixo das cabeças dos portugueses não dá vontade de trazer o velho Datsun lá de casa e acelerar nele até provocar um buraco de ozono na av. da Liberdade ou na av. da Boavista?

Porque não aumentam o imposto do combustível para carros ligeiros? portagens à entrada de cidades? alargamento da rede de transportes públicos para servir mais pessoas e assim vender mais serviços? Porque não mandar embora muitos gestores e administradores que andam lá a fazer o que outros fizeram (aumentar o défice público) por não sentirem qualquer tipo de ambição em melhorar as contas públicas? Vender património destas empresas que não serve para nada? Tantas medidas que podiam aliviar quem mais precisa dos transportes, mas parece que em Portugal se "pensa muito à frente".

O Álvaro disse que é (era) um utilizador assíduo dos transportes públicos. Onde? no Canadá? Pois, aí o entendimento de transporte público não é o mesmo que em Portugal. Lá, no Canadá, fazem por servir a população primeiro e não os gestores servirem-se dessas empresas!

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